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Foto do escritorMaria Garcia

Quase 60% das mães no setor florestal optariam por mudar modelo de trabalho, indica pesquisa da RMF

Atualizado: 4 de jul. de 2023


Foto de Ketut Subiyant

Um dos grandes desafios de muitas mulheres ao retornar à licença maternidade é conciliar as atividades de mãe e de profissional. E no setor florestal, isso não é diferente. Pelo menos 59,6% das 114 mulheres entrevistadas para a pesquisa Mães Floresteiras no Mercado de Trabalho, do Grupo de Trabalho (GT) Maternidade e a Mulher no Mercado de Trabalho da Rede Mulher Florestal (RMF), afirmaram que mudariam suas jornadas de trabalho com redução de salário após lidar com esses desafios.


A principal dificuldade enfrentada por essas mulheres é saber como gerir o tempo e incluir na rotina as responsabilidade do bebê (21,7% das mulheres entrevistadas responderam como o principal ponto), seguido por questões psicossociais (insegurança, medo e culpa assombram ao menos 15,7%) e dificuldades em conciliar a maternidade considerando as viagens de trabalho de campo (13,9%).


Apesar dos grandes desafios, a grande maioria das mulheres (74,6%) conseguiu se manter em seus empregos pelos menos 12 meses após o regresso de licença maternidade.



O mito do “retorno zerado”


Durante uma live no último dia 30 para apresentar os resultados da pesquisa, a diretora da RMF Bárbara Bomfim se mostrou chocada diante dos relatos recebidos pelo GT Maternidade e a Mulher no Mercado de Trabalho. “Um grande problema do retorno da licença maternidade é quando fica uma ideia de que a mulher está voltando ‘zerada’, como se nada tivesse acontecendo. E todos os relatos [da pesquisa] mostram o buraco que temos que cobrir em termos de educação e poder causar essa empatia”, comentou Bárbara em evento.


Claudia Moster, do GT Educação e também uma das participantes da live, comentou que a cobrança de lidar com tudo é tanto externa como interna, causando uma auto-exigência incomensurável para equilibrar todos os setores da vida. “É algo que vem acontecendo há muito tempo. Se estamos deixando para sermos mães apenas depois dos 35 anos, é porque a gente já está crescendo carregando um monte de coisa na nossa cabeça”, disse Moster.



Confira todos os dados da pesquisa Mães Floresteiras no Mercado de Trabalho.


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